Radical é a democracia!
Porque a direita já tirou o tapete da classe média desde o final da semana passada e tudo vai refluir.
Se deixar por conta do Congresso, sem pressão, a constituinte não sai nunca.
Até porque boa parte dos privilégios que ela vai questionar estão lá mesmo.
A direita agora vai come;ar a falar em "ruptura institucional", chavismo, "ataque aos poderes constituídos".
Coquetel molotov no Itamaraty era, como se sabe, civismo.
A ideia de chamar o povo a decidir deixou basbaques os conservadores e os provocadores.
"Tio Rei", "Tio FHC" e "Primo Aécio" estão por conta.
Como assim, um plebiscito?
Plebiscito, o nome indica, vem de plebe.
Aquela, ignara, a turba, a patuléia.
A massa fedorenta, não a cheirosa dos "formadores de opinião".
O remédio para a crise da democracia é, como sempre, mais democracia.
Similia similibus curantur, "o semelhante cura o semelhante".
Mas não em dose homeopática.
Tratamento de choque, à base de urna.
Como se disse mais cedo: "vamos quem vai sair, vamos ver quem vai ficar, não é obrigado a me ouvir, quem não quiser me escutar".
Mas quem não quiser escutar, também não pode falar mais.
PS. Obrigado ao Delacroix e a ao Weslley, da Turma 103 do Colégio D. Feliciano pela ilustração.
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